O combate a corrupção levado a cabo pela governação de João Lourenço tem atingido várias repercussões, e a recuperação de empresas e diferentes ativos construídos com fundos públicos demostram ainda uma vontade da continuidade das práticas antigas, práticas estás que deveriam ser combatidas, e isto nos leva a crer que não há interesse em servir o bem comum, mas proceder a manutenção do poder de quem governa.
Os meios de comunicação social recuperados são o exemplo claro disto, se olharmos para a Palanca Tv que foi entregue à gestão do Estado no passado dia 28 de Agosto, já começou a produzir efeitos colaterais desta recuperação por parte do Estado, visto que, a comissão de gestão indicada acha que o programa “Angola Urgente” por sinal, o programa que mais atrai audiência naquela estação deve ser suspenso “sem nenhuma explicação” mas por se conhecer o pendor crítico do mesmo, é sem dúvidas a razão da suspensão do programa, o mesmo acontece com as mudanças que têm se notado no “Fala Angola” da TV Zimbo, desde que passaram ao Estado.
Isto é uma morte da liberdade dos cidadãos declarada de forma antecipadamente, uma vez que, são estes que perdem a voz de manifestar os seus descontentamento dos vários serviços não e mal prestados, das injustiças e das denúncias. É o pluralismo no jornalismo que está a sucumbir cada dia que passa, pelo facto, do MPLA tomar as rédeas da Tv Zimbo e Palanca Tv assim como faz com a TPA, apesar de que os “Marimbondos” a quem pertenciam estes órgãos serem mesmo militantes do partido.
Mas, estes deixavam o espaço para liberdade e pluralismo nas suas informações mesmo sendo alienada, o que provavelmente não vai continuar, por isso, deveria se compreender que a recuperação destes ativos servem para o Estado ganhar dinheiro pondo à disposição de empresários as empresas recuperadas, para a sua gestão, e estes por sua vez passariam apenas a prestar contas ao Estado, sem que ele tenha alguma influência na gestão.
Porque não se percebe, como é que um governo que está a vender as principais empresas públicas ( a privatização da TAAG e da Sonangol, só para citar…) e a despedir trabalhadores na função pública, vai continuar a recuperar e agregar sobre o seu controle empresas que detêm milhares de trabalhadores, será que é por serem empresas de comunicação? Que é para os silenciar e a partir daí continuar a manutenção do seu poder?
Se não, isto vai dar no mesmo, como acontece com as casas e edifícios recuperados que estão lançados ao abandono e transformados em viveiros de insetos e dos vândalos, se for para isso, que continuem na mão dos marimbondos onde pelo menos funcionam e garantem empregos às famílias angolanas.
Por: Pumba Kibozo