Luanda – A companhia angolana de bandeira (TAAG) recebeu hoje (dia 10), a segunda das seis aeronaves previstas, da fabricante canadiana De Havilland of Canada Limited (DHC), do modelo Dash 8-400, adquiridas pelo Executivo, no quadro da reestruturação da frota da operadora.
Em solo nacional, a aeronave do tipo turbo hélice, matriculada por D2-TFB, com capacidade de 74 lugares, dos quais 10 em classe executiva, foi batizada com dois jactos de água dos serviços dos bombeiros do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e recebeu o nome “Zaire”, província nortenha de Angola.
Este aparelho, à semelhança dos outros da mesma frota, destina-se a assegurar as linhas domésticas do país e algumas rotas regionais em África, nomeadamente para países limítrofes, com tarifarios “low cust” (baixos custos).
À margem da cerimónia da recepção da aeronave, o Administrador para a Aérea de Operações de Voos e Manutenção, Hugo Amaral, disse que este segundo aparelho é parte do processo de recepção iniciado a 29 de Junho (data de chegada da primeira aeronave).
O responsável adiantou, na ocasião, que achegada da terceira estava prevista para Setembro próximo, mas fica adiada para uma nova data já em negociação.
“Por força da Covid-19, que afecta todos os sectores, e a aviação não é excepção, o fabricante e a TAAG estão a fazer os seus replanejamentos no sentido de honrarem com os compromissos de ambas as partes, e daí nascer um novo período para as próximas entregas”, explicou.
Sobre a entrada em operação desses meios já disponíveis, o administrador executivo afirmou que tão logo seja levantada a cerca sanitária, a TAAG retoma as suas operações, e já com essas novas aeronaves.
O avião Dash 8-400, a mais moderna aeronave na sua tipologia, é de fácil desdobramento em manobras, com baixos níveis de poluição e de consumo de combustível, tendo autonomia de voo de cerca de 6 horas, até dois mil e quinhentos metros de altitude, a 700 quilómetros por hora.
De realçar que a primeira, batizada de “Kwanza”, chegou ao país a 29 de Junho. Os seis aparelhos adquiridos pelo Executivo angolano custaram no global 140 milhões de dólares, que serão pagos em sete anos, com possibilidade de mais cinco anos.
Com a reestruturação e renovação da frota, a companhia aérea angolana tem a expectativa de que para além da sua modernização, venha a despertar o interesse no meio da aviação comercial angolana na região e no continente africano, com preços mais competitivos.
A TAAG, antes da pandemia, atendia cerca de 15 destinos domésticos e vários internacionais, em África, na América do Sul, Caraíbas, na Europa e na Ásia, com uma frota de dez aviões, sendo 4 do tipo 737-700, seis 777-300 e 777-200, actualmente parqueados.