O Director dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), Fernando Garcia Miala, anunciou que Angola terá nos próximos tempos um centro de deteção de crimes cibernéticos.

Miala avançou esta informação, nesta quarta-feira, durante um encontro com os deputados da 2ª Comissão de Trabalho da Assembleia Nacional, que também reuniu com os Serviços de Inteligência Externa e os Serviços de Informação Militar.
Além da criação de centros modernos para detectar crimes cibernéticos, Fernando Garcia Miala avançou que para o Orçamento Geral do Estado do próximo ano, o SINSE vai priorizar as despesas com pessoal, a aquisição de meios tecnológicos de trabalho, a formação e a capacitação dos agentes de inteligência.
“Vamos continuar a fazer mais investimentos em termos de infraestruturas, e principalmente em tecnologias de informação, para prevenir os crimes através de informações corretas”,sublinhou.
Fernando Garcia Miala disse, por outro lado, que o (SINSE) prevê o recrutamento de novos agentes no próximo ano, com o propósito de melhorar a sua capacidade de intervenção, face os perigos que o mundo enfrenta nos dias de hoje.
Por seu turno, o Director Geral dos Serviços de Inteligência Externa (SIE), José Luís Caetano de Sousa, disse que o órgão vai priorizar no Orçamento Geral de Estado para 2021 despesas com pessoal, a colocação de oficiais de inteligência nas embaixadas que ainda não têm, assim como aprimorar as relações com o Ministério das Relações Exteriores.
“Prevenir as ameaças de terrorismo externas através da informação dos nossos oficiais de inteligência, destacados nas diversas embaixadas, com meios tecnológicos para o efeito também consta das nossas prioridades para o próximo orçamento”, informou José Luís Caetano de Sousa.
Por seu turno, o Director Adjunto dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar (SISME), Carlos Filipe, considerou “insuficiente” a dotação orçamental atribuída ao órgão, para cobrir os programas de desenvolvimento e modernização do SISME, dada a sua importância na garantia da segurança do país.
“Este orçamento que nos foi atribuído vai servir apenas para despesas com bens e serviços, onde cerca de 50 por cento será destinada à despesa com pessoal (pagamento de salários), a atribuição de subsídios para o cumprimento de missões dos adidos militares nas embaixadas”, disse Carlos Filipe.
Em jeito de conclusão, o Presidente da 2ª Comissão, Roberto Leal Monteiro, afirmou ter tomado boa nota das preocupações apresentadas pelos órgãos de Segurança e Inteligência. Prontificou-se, porém, a fazer a advocacia junto do Ministério das Finanças e demais estruturas do Executivo para se colmatar “alguns” dos muitos problemas apresentados.