O Plano Director de Saneamento para a cidade do Uíge, a ser implementado de 2021 a 2035, foi apresentado neste sábado à população local.

O projecto procura melhorias para o saneamento da cidade, com o tratamento das casas de banho, gestão das águas sujas e lamas das fossas, lixos, rede de esgotos, tratamento e deposição final, para se melhorar a saúde, reduzir a mortalidade, controlo da propagação das doenças de origem hídrica e outras acções para o bem do ambiente e aumento da esperança de vida.
Segundo a PCA da Empresa de Águas e Saneamento no Uíge, Emília Dias Fernandes, o plano insere-se no programa de desenvolvimento institucional do Ministério da Energia e Águas e é financiado pelo Banco Mundial (BM) e a Caixa Francesa do Desenvolvimento, com arranque efectivo previsto para 2021, concluídos os estudos.
O mesmo vai abranger partes de zonas da capital e áreas rurais, como Benvindo, Quimacungo, Papelão, Caquiuia, Dunga, Condo Benze, Candombe Velho, Pedreira, Quixicongo, Mbenba Ngango e Quituma Quiôngua.
De acordo com a representante da empresa consultora Coba, Tatiana Fonseca, o plano director tem três fases, sendo que a primeira, já concluída, visou o estudo, visita às comunidades e avaliação da situação actual da cidade do Uíge, para se seguir com as etapas de implementação do projecto.
Na ocasião, o vice-governador para o Sector Técnico e Infraestruturas, António Alex Matunda, exortou os cidadãos a participarem activamente na sua execução, por promover, cada vez mais, a qualidade de vida das pessoas e o bem-estar social das comunidades.
O governante reafirmou à necessidade do arranque da fase de execução já a partir do início de 2021, visto que a cidade tem hoje muitas zonas em crescimento demográfico e, nesta senda, precisa-se infraestruturar os bairros no saneamento básico, para melhoria da saúde e das condições de vida da população.
A concepção e execução do projecto em consulta pública está a cargo das consultoras Coba de Portugal e Angola, e a Artelia, Francesa, que em breve começam a tratar dos recipientes colectores para zonas próximas de rios susceptíveis a inundação e com solo rochoso, fossas alternativas e lajes, entre outros equipamentos necessários para melhorar o tratamento das águas residuais e lixos na capital provincial.