BAI concede 31% da carteira de crédito ao sector imobiliário

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) condeceu, ao longo dos seus 24 anos de existência, empréstimos anuais de 31% da sua carteira de crédito aos sectores imobiliário e de construção civil, segundo o primeiro Relatório de Impacto Económico e Social da instituição, que não revela os respectivos activos monetários.

A este sector, seguem-se empréstimos concedidos ao Estado, na ordem de 23 por cento, e 19%  na Indústria Extractiva e Transformadora, 13% para o Comércio,  9% em Serviços, e 4% para a Agricultura, Pecuária, Pesca e Silvicultura, conforme o documento do BAI sobre essa actividade entre 1996 e 2019.

O Relatório apresentado nesta segunda-feira, em vídeo conferência, pelo presidente da Comissão Executiva dessa instituição financeira, Luís Leles, realça as actividades de apoio à economia e à criação de valores nas comunidades, onde está  inserida, no quadro do seu contributo para o crescimento da economia e sua diversificação.

Nos últimos seis anos, isto é de 2014 a 2019, o Bai concedeu empréstimos na ordem dos 2.953 mil milhões de kwanzas para os mais variados sectores econômicos, assegurando-se de que o valor do crédito concedido tende aumentar a cada ano.

Em 2019, por exemplo, os créditos concedidos estiveram na ordem dos 687 mil milhões de kwanzas contra os 556  mil milhões de kwanzas emprestados em 2018, representando um aumento de 131 mil milhões de kwanzas.

Já nos anos de 2016  e 2017, o valor atribuído, em termos de empréstimos, foi de 449 mil milhões e 458 mil milhões de kwanzas, respectivamente, a distintos sectores. O credito aos clientes, entre 2014 e 2015 foi de 406 mil milhões e 397 mil milhões de kwanzas, respectivamente.  

O relatório destaca algumas empresas, da actualidade, com sucesso no mercado nacional e que também beneficiaram de créditos do BAI ao longo desses anos.

Trata-se de empresas como a Biocom (produção de cana-de-açúcar e etanol), que recebeu um  empréstimo de “41 mil milhões, 291 milhões, 516 mil e 238 kwanzas” e a fazenda Pérola do Kikuxi  (produção de ovos e frangos de corte), com um val de cinco mil milhões 663 milhões 244 mil e 430 kwanzas.

A Alartuca (corte e lapidação de rochas), com o valor de 680 milhões, 573 mil e 640 kwanzas, e a Omatapalo (construção civil), com o empréstimo de três mil milhões de kwanzas, são as outras beneficiárias dos referidos empréstimos no período em causa.

“Procuramos apoiar empresas  de diferentes sectores que possam concorrer para a  substituição de importações, com a produção exportável, capazes de criar  empregos  e com impacto no desenvolvimento local e nas províncias onde estao inseridas”, referiu Luís Leles.

Presente em Portugal (Bai Europa),  Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, em Angola, o Banco Angolano de Investimento está nas 18 províncias do país, tem 274 postos de atendimento e um milhão e 157  clientes.

Responsabilidade social

De 2014 a 2019, o BAI investiu 2,3 mil milhões de kwanzas em accoes de responsabilidade social, apostando em diversos projectos que permitiram a melhoria da qualidade de vida  da população e o desenvolvimento das comunidades.

Neste período,  o banco crioue apoiou  programas nos domínios da saúde, educação e bem-estar social, arte e desporto, áreas eleitas como prioritárias.

Entre as várias iniciativas desenvolvidas, destaca-se o mais recente financiamento de 900 milhões de kwanzas, que serão aplicados (nos próximos oito anos) num programa de bolsas de estudo do Instituto Superior de Administração e Finanças (ISAF) e Academia BAI, destinado a estudantes de todo o país.

O BAI foi fundado a 14 de Novembro de 1996 e conta com 132 agências, 10 centros de atendimento às empresas, 126 agentes bancários, dois centros de serviços Premium, entre outros serviços.

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