Bié: Produtores querem reduzir impacto da escassez da batata rena

O projecto agrícola “Vinevala”, na província do Bié, deu início, há dias, a uma formação intensiva sobre técnicas de produção da batata rena, cuja iniciativa congrega 500 camponeses dos municípios do Chinguar e Andulo.

Segundo o promotor Alfeu Vinevala, a acção visa, sobretudo, combater o impacto negativo da escassez da batata que se verifica no mercado do Bié e promover sustento alimentar nas famílias. De acordo com Alfeu Vinevala, a formação engloba a componente de multiplicação de sementes, estudo dos solos e técnica de rega.

A referida formação, numa primeira fase para os agricultores locais, tem uma duração aproximada de dois meses. Alfeu Vinevala disse que, “ na presente época agrícola e as subsequentes, a produção da batata rena da fazenda é toda escoada para a indústria transformadora Tegma Su, situada no município de Cacuso, província de Malanje, em detrimento do mercado local. 

“Temos um contrato firmado com a indústria de batatas fritas Palanca, onde escoamos por semana 15 toneladas deste produto” disse o fazendeiro, tendo sublinhado que este factor está a tornar escasso a batata rena no mercado do Bié.

Alfeu Vinevala afirma que deram início com o fornecimento de batata à indústria transformadora de Malanje numa cifra de 60 toneladas em cada mês, com este quadro, acrescentou, “sentimos a necessidade de instruir mais camponeses e aumentar as áreas de produção de batata rena para dois mil hectares até ao fim da formação”, contou.

O fazendeiro garantiu aos camponeses em formação que durante a produção terão o suporte técnico/mecanizado da fazenda, cujo produto final vai servir principalmente para abastecer as comunidades locais. Joaquim Aguiar é produtor agrícola, e disse que aderiu à formação de produção de batata por constatar o aumento da procura no mercado, sublinhando que com mais produtores as famílias terão o tubérculo em fartura.

“Depois da formação, estaremos agrupados em associação agrícola, na qual, cada uma, vai produzir pelo menos em cinco hectares de terra todas de batata rena” descreveu o produtor. Joaquim Aguiar acredita que, com o alcance das metas preconizadas, a província do Bié vai alargar a escala de produção da batata rena e proporcionar melhoria na dieta alimentar das famílias apreciadoras deste produto.

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