O governador do BNA declarou, hoje, expectativas de que os bancos comerciais concedam, este ano, 200 mil milhões de kwanzas em crédito a empresas do sector produtivo, a juros mais baixos que os de mercado, à luz de instruções emitidas nesse sentido em Abril de 2019.
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José de Lima Massano, que falava na abertura do webinar em que a Deloitte divulgou o 14º relatório Banca em Análise, referia-se ao Aviso 4/2019 que, o início de Abril do ano passado, exigiu que os bancos concedam créditos de pelo menos 2,00 por cento do valor total do activo registado em 31 de Dezembro de 2018 (um tecto depois elevado a 2,5 por cento), com taxas até um máximo de 7,5 por cento.
“Os bancos devem fechar o ano de 2020 com créditos contratualizados nestes sectores no valor mínimo de 200 mil milhões de kwanzas”, afirmou o governador, considerando que, apesar das taxas de juro definidas para essas operações serem inferiores às taxas de mercado, os bancos podem deduzir os valores concedidos no crédito das reservas obrigatórias, e, desSa forma, rentabilizarem fundos que não estavam a ser renumerados.
o governador chamou a atenção das instituições bancárias para evitarem riscos decorrentes da disponibilização de crédito. “Tendo em conta a necessidade de se assegurar a sustentabilidade do sector financeiro, o BNA pretende que o crédito seja concedido de forma responsável, devendo-se implementar políticas e processos adequados de analise, aprovação e acompanhamento, para assegurar uma actuação coerente”, disse.
O governador revelou que, para amparar a sustentabilidade do crédito, as leis da Insolvência e de Garantias Mobiliárias estão em fase de debate no Parlamento, pelo que, ainda ontem, foram apreciadas e aprovadas na generalidade. Ao mesmo tempo, a Sala Comercial do Tribunal de Provincial de Luanda deverá estar em funcionamento ainda este ano e a Central de Risco de Crédito foi alargada para mais participantes. “Estas iniciativas vêm dar mais segurança ao crédito”, concluiu.