Covid-19: Mais de dois mil angolanos vão regressar ao país

Um total de 2.100 cidadãos angolanos, retidos em Portugal devido à Covid-19, vai regressar ao país nas próximas semanas, revelou ontem, em Luanda, a ministra da Saúde.

Sílvia Lutucuta falava no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, onde viu chegar o primeiro de vários voos humanitários da companhia de Bandeira Nacional, TAAG, com 279 cidadãos angolanos a bordo. Os cidadãos, provenientes de Lisboa, foram directamente encaminhados para as unidades hoteleiras onde vão cumprir quarentena institucional, durante 14 dias.

A ministra avançou que a Comissão Multissectorial de Resposta à Pandemia da Covid-19 estuda a possibilidade de fazer o próximo voo humanitário à cidade do Porto, norte de Portugal, no início da próxima semana.  “Prevemos fazer uma alternância entre as duas cidades, Lisboa e Porto, até conseguirmos resolver o problema dos nossos concidadãos que, infelizmente, foram apanhados longe de casa”, frisou.

De acordo com a ministra um dos requisitos exigidos aos passageiros é fazer o teste da Covid-19, no máximo 72 horas antes do dia de embarque e apresentar o resultado na hora de check-in. A ministra da Saúde assegurou que os voos humanitários vão continuar, no sentido de repatriar todos os cidadãos nacionais retidos em outros pontos do mundo.

A governante disse que a vinda de outros cidadãos, de certa forma, é programada tendo em conta a capacidade disponível para o alojamento nas unidades preparadas para a quarentena. “As pessoas vão ficar em hotéis designados pelo Estado e que garantem condições para que estes tenham uma quarentena aceitável e com o tratamento humanizado que se pretende”, disse.

Adjaniro Costa mostrou-se feliz por regressar à pátria, depois de ter estado retido em Lisboa durante 140 dias. “Foram momentos muito difíceis, principalmente quando chegou uma altura, em que fiquei sem como me sustentar, sem dinheiro para alimentação e pagar alojamento”, contou. Como outros cidadãos nacionais que pretendem regressar ao país, ele teve de colocar o nome numa lista no Consulado de Angola em Lisboa.

“Levei o meu passaporte à Embaixada de Angola, onde permaneceu por dois meses, e depois fui contactado que devia preparar-me para regressar ao país”, recordou, acrescentando que “não há sentimento melhor do que estar de volta à casa”.

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