Luanda – Um grupo de médicos, enfermeiros e professores universitários chineses, que trabalhou na primeira linha de combate à Covid-19 em Wuhan, epicentro da doença no mundo, desde Dezembro de 2019, está em Angola para troca de experiência com profissionais angolanos. ,
O contingente, que chegou nesta quarta-feira ao país, para 15 dias de intensa actividade, é composto por especialistas em otorrinolaringologia, medicina intensiva, interna, epidemiologia, infecciologia, em medicina tradicional e técnicos de laboratório e de gestão de infecção hospitalar.
Os profissionais estão em Angola no quadro da solidariedade e cooperação existente entre os dois Governos, para auxiliar no combate à pandemia. Neste âmbito, o Governo angolano já beneficiou da China, entre outros, matérias de biossegurança e laboratórios, com direito a montagem.
Durante a permanência no território nacional, os especialistas do gigante asiático vão ministrar formações, sobre abordagem clínica de doentes com Covid-19, dirigidas aos profissionais angolanos que estão destacados nos hospitais de referência de tratamento da Covid-19.
“Chegamos numa fase da curva da doença. Temos pacientes em estágios mais avançados. Por isso, nada melhor que trocar experiência nos laboratórios e hospitais para uma melhor abordagem dos pacientes”, afirmou o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, na recepção, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.
O dirigente destacou a “vasta experiência”que os profissionais chineses possuem e que podem ser benéficas para Angola, numa altura em que Angola contabiliza 5.863 casos positivos, com 206 óbitos, 2.615 recuperados e 3.042 activos (10 em estado crítico, com ventilação mecânica invasiva; 17 graves, 68 moderados e 350 com sintomas leves).
Já o embaixador da China em Angola, Going Tao, ressaltou a “boa colaboração e solidariedade” entre os Estados, o que pesou para que os médicos do seu país viessem transmitir a sua experiência no combate, prevenção e controlo da pandemia em Angola, onde estão internados 553 infectados nos principais centros de tratamento.
A rede sanitária do país conta com duas mil unidades sanitárias, sendo que a maioria reserva áreas para o tratamento da pandemia, assegurados por médicos especialistas e enfermeiros treinados para lidar com casos da pandemia.