A Procuradoria-Geral da República no Moxico (PGR) constituiu, ontem , no Luena, arguido o ex-administrador do município do Alto Zambeze, Alexandre Paulino Bumba, por suspeita de peculato e violação de normas do orçamento.
Segundo uma nota da PGR, no mesmo processo-crime constam, igualmente, o ex-secretário da mesma administração municipal, Augusto José Macondo Tchinhemba, e o ex-director do Gabinete de Estudo, Planeamento e Estatística, Sapalo Pedro Muachissengue.
O documento refere que, após interrogatórios dos arguidos, foi-lhes aplicada a medida de coacção pessoal de prisão preventiva, nos termos dos artigos 16º, 18º, 19º e 36º da Lei nº 25/15, de 18 de Setembro (Lei das Medidas Cautelares em Processo Penal). Por existirem fortes suspeitas, os arguidos foram, também, indiciados nos crimes de associação criminosa, recebimento indevido de vantagens e participação económica em negócios, nos termos da Lei nº 3/14, de 10 de Fevereiro, sobre a Criminalização das Infracções Subjacentes ao Branqueamento de Capitais.
O munícipio do Alto Zambeze dista 519 quilómetros a sudeste da cidade do Luena, capital provincial do Moxico. Com 48.724 quilómetros quadrados de extensão, tem 100.476 habitantes (censo 2014). O Alto Zambeze é o único município da província que tem fronteiras com dois países: a Zâmbia, a leste, e República Democrática do Congo (RDC), a norte.
Administrativamente, o município subdivide-se em sete comunas: Cainda, Cavungo, Calunda, Lóvua, Lumbala-Kaquengue, Macondo e Cazombo, onde, em Junho do ano passado, o Presidente da Repúblicalançou o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).