Falta de verba condiciona conclusão da centralidade de Ndalatando

A falta de recursos financeiros está a condicionar a conclusão das obras da urbanização de Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte, paralisadas desde Junho de 2019, por falta de pagamentos.

Cuanza Norte: obras da futura urbanização de Ndalatando

A informação foi prestada à imprensa terça-feira, no Dondo, município de Cambambe, pelo ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, no termo de uma visita de trabalho a esta circuncrição, onde constatou o grau de execução de algumas infra-estruturas sociais.

Segundo o governante, constitui preocupação do seu pelouro a conclusão de todas as centralidades que estão a ser erguidas no país e cujas obras estão paralisadas por falta de pagamentos.

Salientou que para o alcance deste desiderato, o ministério que dirige está, neste momento, a estudar diversas formas de “engenharias económicas” para terminar tais obras, que poderão passar pelo estabelecimento de parcerias com investidores privados ou a captação de recursos para concluir estas habitações.

“ O importante aqui é dar solução para que estas habitações que foram iniciadas estejam concluídas o mais rápido possível para se atender a população”, frisou.

O projecto, confundido por muitos cidadãos locais, como centralidade, começou a ser erguido em Março de 2018, a cargo da empresa “Jonce”.

Com uma execução física na ordem de 23 por cento, o projecto contempla a construção de 11 edifícios do tipo A com 176 apartamentos e 11 do tipo B com 36 apartamentos, totalizando 212 moradias, a maioria do tipo T-3

O valor inicial do contrato da obra é de seis mil milhões e 500 milhões de kwanzas, dos quais o empreiteiro recebeu até ao momento, dois mil milhões e reclama o pagamento de dois mil milhões e 412 mil para a retoma dos trabalhos.

Na mesma esteira, segundo Manuel Tavares de Almeida, encontram-se também as obras de reabilitação do troço rodoviário Ndalatando/Dondo, num percurso de 74 quilómetros, paralisadas desde 2014, por falta de verbas.

Segundo o governante, não se vislumbra, ainda, nenhuma solução à vista para as obras desta variante da Estrada Nacional 230, cujas obras tiveram inicio em 2012.

Referiu ser este um dos troços que deve ser concluído.

Relativamente ao troço rodoviário Samba Caju/Banga/Quiculungo/Bolongongo, num, percurso de 81 quilómetros, o ministro assegurou as mesmas continuam a ser executadas.

Esclareceu que as obras tiveram um abrandamento devido a problemas de pagamento mais não chegou a paralisar e neste momento está resolvida a questão com o banco BAI, o financiador do projecto.

Ainda assim, as obras estão em execução, não ao ritmo desejado, devido a lentidão nos pagamentos, fruto da crise financeira que o país vive.

A reabilitação de 91 quilómetros da estrada entre os municípios do Samba Caju, Banga, Quiculungo e Bolongongo tiveram início em Julho de 2017, a cargo da empresa Griner Engenharia S.A.

A empreitada, inicialmente com a duração de 15 meses, está orçada em 11 mil milhões, 623 milhões, 865 mil, 305 kwanzas e consta de um pacote de três lotes: Samba Caju/Uiangombe/Banga, num percurso de 46 quilómetros, Banga/Quiculungo, numa extensão de 35,5 quilómetros e Quiculungo/Bolongongo, com nove quilómetros e meio.

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