A passagem alternativa sobre o rio Kutembo, no município de Quilengues, única disponível para ligar a Huíla às províncias de Benguela e Huambo na EN 105, foi hoje arrastada pela enxurrada, resultante da chuva que caiu durante a noite, deixando dezenas de veículos e passageiros sem alternativas para chegar ao centro e norte do país.
É a terceira vez em cinco anos que há interrupção na ligação entre a Huíla e Benguela, através dos municípios fronteiriços de Quilengues (Huíla) e Chongorói (Benguela), o que levou o governo a começar a construir, este ano, uma ponte definitiva, que vai substituir a metálica que caiu há dois anos após colisão de dois veículos pesados em pleno tabuleiro da mesma.
Para manter a circulação rodoviária, foi construída em Setembro de 2018 uma passagem hidráulica alternativa, hoje arrastada pela correnteza. A situação é agravada pela queda, há duas semanas, da ponte improvisada sobre o rio Eyumbi, interrompendo a ligação com o Huambo pela quinta vez este ano.
A única possibilidade de chegar a Benguela e Huambo é agora através do Namibe, pelo município pesqueiro da Lucira.
Em declarações hoje à ANGOP, o administrador municipal de Quilengues, Adriano Alberto Pedro, recordou que a circulação neste troço já esteve recentemente interdita durante cinco dias, devido ao desabamento parcial da ponte, mas agora está mesmo cortada e a solução passa por uma intervenção paliativa do Instituto de Estradas de Angola, já que no local decorrem obras da nova ponte.
Admitiu que a administração não tem condições para resolver o problema.
Já o director do INEA na Huíla, Carlos Camuenho, afirmou que estão já a decorrer trabalhos de reposição da passagem alternativa.
A problemática do desabamento da ponte iniciou em 2008. Os trabalhos feitos são paliativos, daí que em cada dois anos a ponte tem desabado.
O município de Quilengues dista a 143 quilómetros a noroeste do Lubango.
Fonte: Angop