Algumas gestantes da periferia da cidade de Benguela estão a utilizar um produto denominado “óleo de caixão” para, supostamente, acelerar o parto, método que coloca em risco as suas vidas, denunciou hoje, segunda-feira, o director clínico do hospital municipal, Luís Vieira.
Segundo o médico, que falava à Rádio Benguela, as gestantes ingerem o referido óleo e esfregam-no na barriga por altura das contracções.
Luís Vieira informa que, como consequências, têm sido registados casos de subida da tensão arterial, rotura uterina e hemorragia.
Outra situação preocupante, na óptica do responsável, continuam a ser os partos realizados em casa, situação que se deve evitar em função dos riscos que correm.
“Continuamos a ter muitas gestantes a realizar partos em casa e nos últimos cinco meses estamos a observar que muitas, na periferia, estão a utilizar esse óleo que está a causar muitos estragos, como aceleramento nos batimentos cardíacos, rotura uterina e hemorragia massiva”, disse.
O director clínico alerta as gestantes a absterem-se da utilização desse óleo, não obstante provocar um mecanismo de expulsão do feto, devido às graves consequências à saúde.