O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, disse que o sector vai potenciar a exportação de produtos industriais, por ser uma das formas para alterar a estrutura económica do país, e uma fonte de entrada de divisas.
Em declarações à imprensa, no final de uma visita siderurgia Aceria de Angola (ADA) e ao pólo industrial da Sino Ord, na província do Bengo, o ministro incentivou os gestores a aumentar os níveis de produção, com vista a reduzir as importações de produtos que o país tem capacidade para atender a demanda do mercado interno.
Enalteceu o esforço que os gestores da siderurgia ADA e do pólo industrial da Sino Ord, na província do Bengo, fizeram em momentos de menos procura no mercado para manter os postos de trabalho e a produção em níveis de aceitáveis. Por sua vez, a governadora do Bengo, Mara Quiosa, destacou a importância destes projectos que proporcionam desenvolvimento e geram emprego para os jovens da província.
Disse que o sector privado continua a ser a mola impulsionadora da economia e que o executivo vai continuar a trabalhar na criação de políticas públicas para ajudar e facilitar os empresários, porque o incentivo ao empresariado vai ajudar a aumentar a produção nacional e reduzir as importações.
Siderurgia A siderurgia Aceria de Angola (ADA), um investimentos de 300 milhões de dólares, produz varões de aço de 8 a 32 milímetros e abastece o mercado nacional e alguns países de África. Com 460 trabalhadores, dos quais 90 por cento são angolanos, a siderurgia produz 250 mil toneladas de varões de aço/ano, o que representa apenas 50 por cento da sua capacidade, de acordo com o director de produção, Robson Xavier.
A principal dificuldade que enfrenta é a escassez de sucatas, principal matéria-prima, proveniente de várias províncias, mas as limitações impostas devido à pandemia da covid-19 condiciona o aumento da produção. Pólo industrial da Sino Ord Oitenta e cinco milhões de dólares foram investidos directamente nas três unidades fabris em funcionamento pólo industrial da Sino Ord, na comuna da Barra do Dande, província do Bengo.
De acordo com o administrador da Sino Ord, Vivaldo Ramos, o pólo industrial é um investimento privado de dois empresários chineses com capitais próprios, sem recurso a linhas de financiamento, num total de 180 milhões de dólares. O projecto criou até ao momento 980 postos de emprego directos para angolanos e 250 directos de expatriados (chineses) e 300 postos de emprego indirecto.
Prevê a instalação de 15 unidades fabris, mas nesse momento funcionam apenas a fábrica de cerâmica, com capacidade para produzir 30 mil metros quadrados de mosaico e 35 mil metros quadrados de azulejo, a de papelão (produz 700 mil metros quadrados diária de caixas para mosaicos e azulejos) e a de esmalte que serve apenas para a fabricação de mosaicos e azulejos.
A fábrica tem capacidade para abastecer o mercado nacional e já exporta para RDC e a República do Congo através de dois grossistas. A província do Bengo, onde está instalado a unidade fabril, consome entre seis a 10 porcento da produção, sendo que maior mercado é a capital do país (Luanda). Vivaldo Ramos disse que pretendem abrir nos próximos tempos a unidade de vidros de revestimentos, de cobre e cabos de aço, de bebidas não alcoólicas, e uma linha de montagem de automóveis proveniente da China. Para o resto do pólo vamos convidar investidores para se instalarem no local que tem todas as condições criadas, com destaque para a energia eléctrica e água.