Depois de ter sido confiscado sete catedrais da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), em Luanda, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na última sexta-feira, a IURD afirmou, em comunicado, que irá recorrer a tribunal para recuperar os templos, pois julga que terá sido vítima de uma apreensão ilegal e alvo de um atentado contra a liberdade religiosa, impondo um firme braço de ferro com a PGR.

Não obstante ao «canil» que se instalou na IURD Angola, onde assistimos os pastores brasileiros a brigaremcom os angolanos em busca da milagrosa gestão em Angola, a direcção da igreja dá a atender que os crimes de associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais e outros, alegados pela PGR, não passam de actos contra eles, como se a sociedade civil fosse ingénua, ao ponto de vê-los como vítimas.
Esta igreja de “Deus” precisa aperfeiçoar as suas técnicas de ludibriar as pessoas, ou pelo menos aquelas que não a escolheram como a denominação para professarem e encontrarem Jesus Cristo como senhor e salvador, uma vez que há realmente coelho nesta toca, sobretudo depois de ouvirmos pessoas a falarem com angústia em cada palavra sobre como foram exploradas financeiramente pela igreja que tem um líder que sabe-se que é milionário. Isso deixa-me a pensar… porque os líderes religiosos são sempre ricos, quando as igrejas estão repletas de pessoas pobres?
Bem, na verdade, a conversa não é essa, por enquanto. A IURD vive um clima de instabilidade entre osbrasileiros e angolanos e deste desequilíbrio surgiram milhares de denúncias públicas que colocaram a igreja do senhor numa condição desajustada com a lei. Entretanto, observa-se claramente que a PGR tem muito trabalho, pois as declarações dos pastores angolanos, relativamente aos actos repugnantes e criminosos que são submetidos peladirecção da igreja, têm relevância jurídica e constituem um objecto de tutela penal.
A IURD tem o direito consagrado em recorrer, porém isto não deve ser um motivo para desandar o processo que a Procuradoria-Geral tem em mãos.