O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, considerou neste sábado, em Luanda, que o aumento de infecções por Covid-19 no país pode provocar o colapso do sistema de saúde, e afectar o internamento dos casos graves e críticos.
O país contabiliza 9.026 casos positivos, com 267 óbitos, 3.461 recuperados e 5.298 activos.
Dos activos, nove estão em estado crítico, com ventilação mecânica invasiva, 21 graves, 122 moderados, 397 leves e 4.749 assintomáticos.
Segundo o dirigente, que falava na habitual sessão de actualização dos dados da pandemia em Angola, a situação epidemiológica agravou-se nas últimas duas semanas, com o registo de 30 por cento do total de infecções desde o início da doença no país, em Março.
O secretário de Estado destacou que o número de doentes graves e críticos aumentam de forma considerável, sendo que 86.9 por cento dos casos positivos são em Luanda.
Neste sentido, avançou, o Executivo foi obrigado a agravar as medidas restritivas, no quadro do novo Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública.
No entanto, Franco Mufinda avançou que os melhores resultados dessas alterações dependerá, sempre, da consciência individual e colectiva dos cidadãos.
Conforme o dirigente, o MINSA continua a estudar os números das infecções diárias, com os dados a apontarem a existência de cinco por cento de doentes críticos e graves.
Franco Mufinda realçou que a Covid-19 não escolhe idade, sexo, estrato social e menos ainda militância partidária ou religião.
“Uma vez infectados, nunca saberemos prever que tipo de doente seremos: assintomático, com sintomas leves, graves ou crítico”, asseverou.
O também médico explicou que “a situação agrava quando os pulmões estão severamente afectados, daí ser fundamental compreender que, mesmo com suporte à ventilação mecânica, o resultado depende da resposta que cada organismo manifestar.
Face ao momento crítico, a Comissão Interministerial para o Combate e Prevenção da Covid-19 no país apela ao cumprimento rigoroso das medidas de combate e prevenção.
Fonte: Angop