Um cidadão que encaixa no final de cada mês um dos salários mínimos nacionais definidos pelo Executivo precisaria de trabalhar, pelo menos, três meses para comprar 100 euros no mercado informal, mas, se optasse pela compra da mesma moeda no sector formal, teria de trabalhar dois meses e meio.
O valor médio da principal moeda europeia no mercado informal da capital angolana tem disparado nas últimas semanas, com 100 euros a custar, em média, 91 mil kwanzas no paralelo, equivalentes a mais de três vezes do que salário mínimo nacional, enquanto no mercado oficial, nos bancos comerciais, a mesma nota de 100 euros está avaliada em mais de 71 mil Kz, estando muito acima de dois salários mínimos nacionais definidos pelo Governo, observou o Novo Jornal.
Nos já habituais pontos de venda do mercado informal da capital, sobretudo no bairro Mártires do Kifangondo, o conhecido “”Wall Street”, o preço de venda de cada 100 euros está 27% acima dos 71.666 Kz, que custa 100 euros no banco central.
Em Angola, o salário mínimo nacional no sector privado está subdivido em três categorias, sendo que, no sector da Agricultura, está definido em 21.454 Kz, para os trabalhadores ligados ao comércio está fixado em 26.817 Kz, enquanto para os funcionários associados ao comércio e indústria extractiva o Executivo estabeleceu 32.181 Kz como salário mínimo, o que significa, por isso, que a média salarial mínima nacional está estimada em 26.817 Kz.
As contas indicam que um cidadão que encaixa, no final de cada mês, um dos salários mínimos nacionais definidos pelo Executivo precisaria de trabalhar, pelo menos, três meses para comprar 100 euros no mercado informal, mas, se optasse pela compra da mesma moeda num dos 26 bancos comerciais que operam no País, teria de laborar mais de dois meses e meio, dado que, no mercado oficial, 100 euros está a ser comercializado a 71.666 kwanzas, mas quase nunca há disponibilidade
Fonte:Novo Jornal