Paixão Júnior, antigo Presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), na era de José Eduardo dos Santos, está a ser acusado por crimes que se resumem em gestão danosa, mas todos sabemos que, se ele “cair”, muitos deverão seguir o mesmo caminho.
Ao longo da gestão desvairada de Paixão Júnior no BPC, muitos foram os gestores públicos e/ou pessoas com cargos de extrema relevância a nível do MPLA que que beneficiaram-se de créditos milionários, a volta de grandes esquemas, por facilitação do antigo gestor, que até hoje nem um terço do reembolso caiu aos cofres do Estado.
No ano passado, o Executivo apurou as perdas pesadas que o Estado angolano teve através destes créditos que o BPC concedeu a ministros e membros do Comité Central do MPLA, um dos muitos felizardos teria sido General Bento Kangamba e outras grandes figuras que fizeram parte do governo de José Eduardo dos Santos, que encabeçam a lista das maiores devedores ao maior banco comercial do país.
Por outro lado, o “pai do biolo” também tornou fácil a concessão de um crédito gordo ao empresário de origem polaca, Tomasz Gowbor, dono do projecto Boa Vida, que também contraiu das maiores dívidas do Banc, “ajudando” fortemente na falência desta instituição bancária.
Há uma lista interminável de nomes que se fizeram milionários, afundando o país para o abismo, as custas de quem agora é encostado na parede pelas leis, será que estas personalidades não receberão nenhum tratamento adequado, por terem contribuindo pelo naufrágio económico de Angola?
Entretanto, se a cabeça de Paixão Júnior for entregue numa bandeja, muitas outras cabeças terão o mesmo destino, pois, de uma ou de outra forma, devem ao Estado angolano, por isso, têm a responsabilidade de reembolsarem com os juros previstos, caso não o fizerem, incorrerão as sanções que lhes são imputadas, a luz do ordenamento jurídico angolano.
Por: Kizúa Massoxe