Os professores do ensino geral das escolas particulares pretendem realizar uma manifestação, nos próximos dias, visando impelir o Governo a recuar da decisão que levou a suspensão não só das aulas, mas também do pagamento das propinas.
A informação foi prestada à imprensa pelo professor Joaquim Lutambi, indicado como o coordenador do grupo.
A decisão dos professores está a ser bem acolhida por diferentes associações de professores e de estudantes, tendo o presidente do MEA – Movimento dos Estudantes de Angola, Francisco Teixeira, garantido que os estudantes não irão deixar os professores lutarem sozinhos.
Entre outras, o responsável do MEA defende uma participação do Governo nos custos das empresas privadas, para ajudar as pequenas e médias empresas a fazerem face à crise agudizada pela pandemia da Covid-19.
De recordar que o Executivo pretendia autorizar o reinício das aulas ainda neste mês, mas recuou da pretensão pelo facto de as escolas não reunirem os requisitos de prevenção contra a pandemia.
Entretanto, na semana passada, o secretário para informação da Associação Nacional do Ensino Privado (ANEP) garantiu que 80% dos pouco mais de dois mil colégios que a entidade controla, a nível nacional, estão em condições para reiniciar as aulas.
Manuel Maria sublinhou, apesar de não ter defendido um reinício das aulas exclusivo para as entidades que tenham as condições de prevenção criadas, que os colégios associados da ANEP, reunem os condições universalmente aceites para o reinício das aulas, face à pandemia da Covid-19, que passa pela dimensão das salas de aulas, água corrente, álcool em gel, bem como a presença de um dispensador e termómetro.