Angola anunciou na terça-feira, 9 de setembro, o regresso das actividades escolares e religiosas, depois de seis meses de paralisação devido à aparição dos primeiros casos da Covid-19. Professores e religiosos aplaudem, mas temem por uma vaga contagiosa, caso não se tomem medidas para travar a doença.
Apesar do aumento de infecções, o reinicio das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas, nos vários subsistemas de ensino, vai ser gradual, a partir de 05 de Outubro, e os locais de culto reabrem a 19 deste mês, em Luanda e Kuanza Norte.
O SINPES, Sindicato dos professores do Ensino Superior, aplaude a medida, mas espera que o governo crie condições de biossegurança nas escolas, bem como o desdobramento de turmas e o acesso aos transportes públicos.
Eduardo Perez faz saber que é essencial criar condições de biossegurança para o arranque das aulas, afirmando que os professores estão expectantes quanto ao regresso, visto que não há razões de queixa porque o mundo não pode parar devido à pandemia.
O líder sindical pensa que, com as condições, embora não haja um horizonte para erradicar a doença, a sociedade terá que conviver e aprender com a pandemia da Covid-19.
Relativamente à reabertura de igrejas, António Lameira, congratula-se com o reinício das actividades religiosas na capital angolana, mas reconhece que ‘todo o cuidado é pouco’, face ao número de casos que continuam a aumentar diariamente no país.
De acordo com o presidente da Coligação das Igrejas Missionárias Africanas em Angola, a melhor maneira de conter o coronavírus em locais de culto é cumprir com as medidas recomendadas pelas autoridades.
António Lameira destacou que as confissões religiosas devem ter condições de retomarem as suas actividades sem colocar em risco a saúde dos fieis, cumprindo com todas as instruções sobre o distanciamento social.