Refinaria de Cabinda começa a produzir em 2022

A Refinaria de Cabinda inicia a sua produção no início de 2022, após a conclusão da primeira fase, anunciou em Cabinda, o administrador executivo da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) Joaquim Fernando.

O projecto de construção da refinaria de Cabinda está orçado em 920 milhões de dólares americanos, num investimento conjunto entre a Sonangol (10%) e a empresa Grupo de Comércio e Investimento em Mercados Emergentes (Gemcorp).

A Sonangol e o Grupo de Comércio e Investimento em Mercados Emergentes (Gemcorp) vão investir, na primeira fase do projecto, 220 milhões de dólares americanos para serviços que engloba o desmatamento, terraplanagem, desminagem e vedação nos 313 hectares que ocupará na planície de Malembo este mega projecto de desenvolvimento da província de Cabinda.

Durante um  breve encontro com o governador de Cabinda, Marcos Nhunga, e com os membros do Conselho de Gestão da Refinaria de Cabinda, Joaquim Fernandes disse que o arranque da produção em 2022 reflecte nos resultados já alcançados na zona de construção do projecto.

Desde o início a 10 de Fevereiro de 2020 a 19 de Agosto de 2020 foram desminadas 3.150.100 metros quadrados suspeitos e contaminados, que culminou com a remoção de 8 engenhos explosivos não detonados, três minas anti-pessoal detectadas e removidas, sete munições diversas e 5.318 metais diversos, numa operação que custou,  em kwanzas, 53 milhões 538 mil  e 887, 32.

Referiu ainda que o projecto terá três fases de construção, sendo que a derradeira prevista entre 2024/2025 tem a ver com a melhoria das especificações e da qualidade dos produtos para estarem em conformidade com os normativos internacionais que vão permitir com que se cumpram com os padrões de menos emissões de carbonos e outros em conformidades aos normativos ambientais.

Por seu lado, o presidente da Comissão do Conselho de Gestão da Refinaria de Cabinda, Reginald Crawford, disse terem concluído a parte onde será implementado o projecto e já contrataram os principais prestadores de serviços que desenvolverão o projecto.

Conforme o responsável, no final de Dezembro vão concluir o desenho retalhado da refinaria e acredita que no princípio do ano 2021 vão ter a possibilidade de começar a encomendar os principais equipamentos e no mês de Junho começar o lançamento da construção.

O governador de Cabinda, Marcos Alexandre Nhunga, disse estar confiante neste importante projecto que vai representar uma oportunidade soberana para absorver as pessoas que conheceram o desemprego, sobretudo no ramo petrolífero.

Este projecto está a ser construído na planície de Malembo, 30 quilómetros a norte da cidade de Cabinda. Será o primeiro investimento privado desta natureza em Angola, com uso da mais recente tecnologia norte-americana para o seu desenho, operação e desenvolvimento em três fases, com adesão aos princípios do Equador.

Espera-se que a 1ª fase do projecto inclua 30 mil  barris por dia da Unidade de Destilação de crude, com um dessalinizador, um tratamento de querosene e infra-estruturas auxiliares, incluindo um sistema de ancoragem de bóia convencional, oleodutos e instalação de armazenamento para mais de 1,2 milhões de barris.

As 2ª e a 3ª fases irão tornar a Refinaria de Cabinda numa infra-estrutura de conversão total, com uma capacidade de processamento de adicional de 30 mil barris por dia e a instalação de um novo reformador catalítico, hidrotratador e unidade de craqueamento catalítico, totalizando  despesas na ordem dos 700 milhões de dólares.

Estão previstos um grau de empregabilidade na ordem dos dois mil postos de trabalho até finais do primeiro trimestre de 2022.

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