A manifestação do sábado passado (24) trouxe à tona uma série de celeuma que afligem a nossa sociedade, e em virtude disto já se condenou publicamente os prevaricadores e hoje certamente serão apresentados as barras do tribunal com ou sem razão, já se condenou a atitude da UNITA por ter participado na promoção da manifestação mais violenta realizada no país e acima de tudo, por alegadamente violar um decreto presidencial. Mas agora, se ao invés de continuarmos na caça dos culpados partirmos para o diálogo?
Com todos erros e crimes condenáveis que o governo possa ver nesta manifestação envés de continuar olhar para isso como um atentado para si e continuar a vitimizar-se deveria agora olhar para esta manifestação como o barômetro para avaliar a sua governação porque os que se manifestaram não são apenas os militantes e simpatizantes da UNITA são também angolanos que votaram neste governo, por isso, agora envés de simplesmente condenar o acto e fingir que não está a ouvir o clamor, é hora de dialogar.
É preciso tomar posição de Estado e fazê-los compreender que este pode não ser o momento ideal para estas revindicações por razões óbvias, e evitar as intervenções arrogantes de pessoas ligadas ao governo que mesmo sem a autorização para falar do assunto quando o fazem criam mais revolta no seio dos jovens que vão destilando a sua fúria nas redes sociais, cometendo até crimes de calúnias e difamação de certas individualidades, para se evitar males piores é bom agora partir para o diálogo, não se pode permitir que se faça esta divisão que estamos assistir entre os angolanos do governo e os angolanos que querem a revolução.
A juventude tem cede de tudo mas cabe ao governo orientá-los e isto passa pelo diálogo, quem governa não pode se limitar a fazer acusações e escusando-se das suas responsabilidades, deve dialogar e quem revindica não deve partir para arruaça ou vandalismo tem dialogar, só com diálogo podermos nos compreender. Neste momento deveria se deixar de pensar nos culpados e dialogar para juntos encontrarmos soluções, os anseios dos jovens não se poderão realizar agora é preciso fazê-los compreender, é preciso apelar aos meios de comunicação pública para evitarem trazer ao público opiniões de “bocas de aluguel” com conversas fanáticas e sem fundamentos aquilo não ajuda em nada, antes pelo contrário, só reacendem mais ainda as discussões e de forma desproporcional, é preciso dialogar.
Por: Pumba Kibozo