O nome de Agostinho Neto voltou a ribalta da opinião pública e nas redes sociais é motivo de chacota pelo escândalo das contas bloqueadas na Suiça com mais de 900 milhões de dólares de seu genro.
Se de um lado a memória de Manguxi é associada à corrupção, do outro, há quem está a pôr em causa a sua identidade, afirmando que Neto não é angolano porque nasceu na ilha do Pôr do Sol em Cabo Verde, e que o mesmo não foi médico. Estes, parecem quererem lavar a imagem de José Eduardo dos Santos, inocentando-o de qualquer erro na sua governação e culpando Agostinho Neto pela má governação do MPLA.
O país neste momento não precisa desta desinformação que coloca em causa até a própria idoneidade do país para o resto do mundo. Devemos ter a consciência que neste momento o foco do país deveria estar virado para questões econômicas, políticas ou sociais que contribuem na edificação do país, é urgente nos focarmos nas soluções dos problemas que assolam o nosso povo todos os dias.
Por isso, se o genro do então primeiro presidente é criminoso que ele seja julgado e condenado mediante o seu crime, se ele desviou capitais do país, que seja repatriado e venha contribuir na nossa economia, e não ressuscitarem a memória do presidente para julga-lo pelos erros de alguém que continua vivo e livre ou então associa-lo a governação de João Lourenço, que segundo estes “opion maker” está a ser “endeusado” até por feito que são da gestão de José Eduardo dos Santos, por isso, defendem que Neto é um falso herói.
A grande questão é, onde estavam estas vozes durante estes anos todos? Outros entendem ainda que João Lourenço tem sido ingrato com JES ao dar maior destaque ao Neto em relação à ele porque foi JES quem lhe deu o poder de “mão beijada” mas será que a passem de pastas é um favor? Os cargos são eternos ou João Lourenço era mesmo digno de o substituí-lo?
Por outro lado, não devemos esquecer que Agostinho Neto transformou – se em artífice das revoluções na Casa dos Estudantes do Império, num verdadeiro guerreiro anti – fascista forjado na CEI, e veio desde logo, ser acusado pela polícia secreta de Salazar de pretender impulsionar a candidatura de Norton de Matos e instigá – lo à fazer uma sessão de esclarecimento em Coimbra no ano de 1949. Desde então, os anos de 1945 à 1949.
Por: Pumba Kibozo