UE reafirma o apoio ao combate à corrupção

A União Europeia (UE) voltou a reiterar o seu apoio ao combate à corrupção e ao branqueamento de capitais, em curso em Angola, desde 2017.

Jornal de Angola/César Esteves

A posição foi reafirmada, ontem, em Luanda, pelo embaixador cessante daquela união política e económica de 27 Estados, no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos. Tomás Ulicny ressaltou que, para a UE, a luta contra a corrupção e branqueamento de capitais, não só em Angola, é uma luta fundamental para aquele bloco económico.

O diplomata ressaltou que Angola faz parte de um clube de países com vontade de melhorar o sistema financeiro e o sector bancário. “Por isso, apoiamos e saudamos”, realçou o diplomata, para quem Angola pode solicitar apoio, caso necessite. Esta não é a primeira vez que a UE se mostra disponível em apoiar o Estado angolano na luta contra a corrupção e branqueamento de capitais.

Em Março deste ano, numa entrevista concedida à DW África, Tomás Ulicny já havia assegurado o apoio à cruzada contra a corrupção em Angola. Em declarações, ontem, à imprensa, o diplomata, que termina a missão de quatro anos em Angola, disse que a UE tem colaborado muito, estritamente, com o parlamento angolano, razão pela qual sentiu-se na obrigação de apresentar o agradecimento ao presidente daquele órgão de soberania, por todo o apoio que lhe foi prestado durante o tempo que esteve a trabalhar no país.

O encontro, de acordo com o diplomata, serviu, igualmente, para avaliar os programas de capacitação aos deputados angolanos, no âmbito do branqueamento de capitais e mercados financeiros, que está a ser prestado pela UE.  As relações parlamentares entre Angola e União Europeia também foram apreciados no encontro. Neste domínio, Tomas Ulicny disse que a relação entre os dois parlamentos atingiu um nível saudável, nunca visto antes.

“As relações estão muito boas.Não existe nenhum constrangimento na relação entre Angola e a União Europeia”, assegurou. O diploma salientou que o alcance desse desiderato resultou do esforço levado a cabo por ambas as partes. Tomás Ulicny referiu que as duas partes conseguiram, não só durante o seu mandato, mas ao longo da história das suas relações, ultrapassar, com sucesso, alguns momentos difíceis. style=”text-align: justify;”>O diplomata disse que vai levar uma boa imagem de Angola que, no seu entender, é um país com um enorme potencial e uma força jovem considerável.
Ulicny sugeriu ao Governo angolano a prestar uma maior atenção a este segmento populacional do país, criando-lhes mais possibilidades e melhoria no sistema de formação, sobretudo com oportunidades de crescimento em ambiente estável.

Cooperação com a Sérvia

Angola e a Sérvia passaram, ontem, em revista, em Luanda, o estado da cooperação inter-parlamentar. A avaliação foi feita durante um encontro em que o embaixador cessante da Sérvia, Dragan Morvic, apresentou cumprimentos de despedida ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Dragan Morvic, que deixa Angola depois de uma missão de sete anos, avançou, à imprensa, que o encontro com o líder do Parlamento angolano permitiu avaliar o grau de cooperação inter-parlamentar entre os dois países. “Como se sabe, a cooperação entre parlamentos é um elemento muito significativo para toda uma boa cooperação entre os dois países”, considerou.

O diplomata considerou as relações entre a Sérvia e Angola de históricas e revestidas de uma grande amizade, tendo começado há décadas, precisamente no início da luta anti-colonial.  Morvic disse que o seu país sempre ajudou Angola na vertente política e económica. Lembrou que a Sérvia foi o terceiro país a reconhecer a Independência de Angola.

Foi, igualmente, o terceiro a abrir uma embaixada no país. “Nunca houve problema a nível das nossas relações, que são boas”, frisou o diplomata que destacou a cooperação entre os dois países no comércio, da defesa e de economia. A Sérvia, disse, também está interessada em partilhar a sua experiência no domínio da Educação e Agricultura.

O diplomata agradeceu todo o apoio prestado por Angola a favor da soberania e integridade territorial do seu país. “Em todas as organizações internacionais, Angola sempre ajudou a Sérvia. Nunca nos esquecemos disso”, acentuou Dragan Morvic, concluindo que termina a missão com o sentimento de dever cumprido

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