UNITA diz haver condições para a votação da proposta

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou, hoje, em Luanda, que a Proposta de Lei de Institucionalização das Autarquias está pronta para ser votada desde 2018 ou 2019 e considerou que sua discussão e votação, no Parlamento, só não acontece para “para salvaguardar o interesse do partido do regime e das suas lideranças”.

Ao discursar na sessão de abertura do IV Congresso Ordinário da LIMA, organização feminina da UNITA, Adalberto Costa Júnior considerou que “a Assembleia Nacional continua refém”, porquanto está a ser impedida de agendar a discussão e votação da proposta de lei. 

 “O ano legislativo termina este mês e, pelo segundo ano consecutivo, não foi agendada para salvaguardar o interesse do partido de regime e das suas lideranças”, disse o líder do maior partido da oposição.

“O desafio nacional mais imediato é, seguramente, o de nos prepararmos para enfrentar as eleições autárquicas, fazendo-o, quanto antes, não importa as manobras e o contorcionismo que o Governo e partido que o suporta estejam a fazer com o claro propósito de atirar o sufrágio”.

Adalberto Costa Júnior disse, igualmente, ser hora de respeitar a soberania das instituições de Justiça, dar respeitabilidade aos seus profissionais e deixar de atentar contra o direito. “As ordens superiores continuam a colocar uma nódoa no bom nome das instituições destinadas a garantir o equilíbrio e o bom funcionamento do Estado Democrático e de Direito”, considerou.

Papel da LIMA

Ao referir-se a assuntos internos, o presidente da UNITA realçou que a LIMA pode e deve contribuir com ideias exequíveis, como o do desenvolvimento social e humano e do crescimento económico. Adalberto Costa Júnior considerou que as mulheres estão em condições de abordar, com mais eficácia, problemáticas como as do combate à pobreza.

“As mulheres têm outro olhar e soluções para as questões como saúde, educação, contenção da violência doméstica, definição das políticas para a criança e dos cuidados a ter com as gerações mais novas”, disse. “Achamos que, em certas matérias, as mulheres têm maior responsabilidade e valências, por isso podem garantir níveis maiores de eficácia e eficiência”.

Candidatas a autarcas

O IV Congresso Ordinário da LIMA decorre, até hoje, sob o lema: “Patriotismo, unidade e integridade”. Adalberto Costa Júnior aproveitou a oportunidade de discursar na sessão de abertura para desafiar as mulheres a apresentarem candidaturas nas autarquias. Na ocasião, o político rendeu homenagem a presidente da LIMA no Luau, Moxico, que perdeu a vida num acidente viação, na manhã de quinta-feira, em Mukonda na Lunda-Sul.

O acidente resultou, também, na morte da filha de três meses da presidente da LIMA no Luacano. O ponto mais alto do IV Congresso Ordinário da LIMA é a eleição da nova presidente. Ao cargo concorrem três candidatas: Helena Bonguela Abel, que se recandidata, Domingas Njungulo e Manuela dos Prazeres Cazoto.

Devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, as 1.200 delegadas foram repartidas por oito regiões que estarão conectadas por videoconferência. A sessão de abertura do congresso da LIMA foi testemunhada pela vice-presidente da UNITA, Arlete Chimbinda, o secretário nacional da JURA, Agostinho Kamuango, deputados e outros convidados.

A presidente interina da LIMA, Inês Mulato, realçou que o congresso não se confina apenas na escolha da futura líder, mas também na discussão dos programas e planos que podem tornar a organização mais dinâmica, actuante e com capacidade de mobilizar a sociedade para a mudança. 

O secretário nacional da JURA defendeu que o congresso deve servir de instrumento para tornar a LIMA numa organização cada vez mais forte e actuante, pois constituiu uma alavanca estratégica para a vitória da UNITA nas eleições autárquicas e gerais de 2022.

0 0 votes
Avalia o Artigo
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
Ver todos os Comentários
0
Adoraríamos que Comentasses x
()
x
%d blogueiros gostam disto: